16 de abr. de 2015

Los caminos de la vida!

Inicialmente, este post tinha o título de "Só para contrariar", porque seria sobre como muitas das minhas escolhas "contrariam" o esperado pelo público comum. Como este não é um blog muito ativo, o texto começou a ser escrito em 2012, tendo pitacos posteriores. Mas nunca eu chegava num consenso comigo mesma sobre que publicar.
 Até que hoje me dou conta que era o dia e que o nome deveria ser outro. Quem disse que existe um caminho para que seja contrariado? Será que é algo humano (para ter mais segurança) que as pessoas pensem que existe um caminho seguro a seguir e os demais devem ser descartados? Por que muitas pessoas veem como "loucura" tomar um ano sabático, mudar de faculdade pouco antes de formar-se (ou até não fazer um curso superior), andar descalço, sentar no chão? O que foge a regra que a nossa sociedade criou é ruim? Como lidamos com a expectativa (pessoal e social) X realidade?

Temos que aprender a ver o novo e aprender com o novo, sem julgar tanto. O novo, por mais que não pareça interessante, sempre vai agregar algo ao já existente. Temos que exercitar em ver esse "novo": até na rotina podemos encontrar coisas novas. E devemos! Antes que nossos olhos vejam somente o que queremos ver e a vida se perca num filme já visto.

16 de abr. de 2013

Papa ao passarinho

Demagogia e jogo de palavras e ações incoerentes continuam na moda em países onde  a "presidenta" fala com o marido morto e outro presidente com um passarinho. Isso que mal  posso me lembrar que o (in)Maduro disse que foi graças ao recém presidente morto de sua nação um papa sul-americano foi escolhido.

No Brasil, o que se comenta sobre eleições com milhares de denúncia de irregularidades, pouca diferença nos resultados? E sobre a proibição de panelaços e outras manifestações públicas? Dizem que isso é uma revolução: se eu me lembro das aulas de história, essa revolução se parece muito com a que meus pais (e os de muitos outros) viveram no Brasil, dos anos 60 aos 80.


Em Buenos Aires, a Embaixada da Venezuela disse que não realizará tramites consulares devido à violenta manifestação do dia anterior: diversos amigos meus estiveram lá naquele dia e eles me garantem que foi uma manifestação pacífica.

16 de out. de 2011

Metrôs pelo (meu) mundo!

Em Buenos Aires é o Subte, em NYC o chamam de Subway, em Poa Trensurb e aeromóvel são duas variações (limitadas pelo alcance) do mesmo meio de locomoção: o metrô

Eles simplesmente me encantam e fascinam, são amigáveis com turistas que não querem se arriscar a se perder na selva de pedras e o principal é que são rápidos!

Quando veio para Baires ano passado, minha Mãe queria passear de Subte. E entendo bem o sentimento dela, porque é lúdico subir e descer escadas, andar por diversos corredores, fazer conexões, possibilidades mil!

Baseada na minha experiência, acredito que quando se aprende a andar em metrô em uma cidade, se sabe andar em qualquer cidade. No entanto, cada um tem sua característica própria, seu charme e peculiaridades.


1. No Rio, me "assustei" com a profundidade que entraram na rocha, para expandir as linhas rumo à zona Sul... 
2. Em Buenos Aires, a linha A mantém o mesmo charme com vagões em madeira e portas que os usuários manualmente fecham. E como o transporte público é subsidiado, o valor não chega a US$ 0,25 (out2011). Graças à linha D, muito tempo da minha vida é economizado em transporte, pois ela me leva aos principais lugares que costumo ir.

Charme da Linha A do Subte em Buenos Aires


3. Em Porto Alegre, tem um projeto (que é para a Copa 2014) que integrará o já existente Trensurb (que abrange outras cidades da região metropolitana) e o Aeromóvel.
4. Em Santiago, andei no mais limpo, frequente e rápido meio de transporte urbano de toda minha vida. Em meia hora, se andava cerca de 27km, de um lado ao outro da capital chilena. E para completar, a capilaridade desse sistema é excelente!
5. Em São Paulo, chegam ser mais de 2,5milhões de usuários a cada dia! é incrível!!!
6. agora... Definitivamente, o Subway de NYC é o meu queridinho: ele tem  mais de 1000km em trilhos (é quase a distância entre Porto Alegre e Buenos Aires, minha gente!) Além disso, existem linhas rápidas, que percorrem quase toda Manhattan parando em estações estratégicas. E ainda, funciona 24h/dia! alguém dá mais?? 

Bom, a minha história de amor com esse rápido e barato meio de transporte seguirá, por onde os trilhos da minha vida queiram me levar!

18 de jul. de 2011

Em vez de ficar em Concon, balneário que fica no lado de Viña del Mar, resolvi subir a serra. A menos de 1h de Santiago (se tiver bom tempo e o excesso de neve não atrapalhar o caminho) estão 4 centros de esqui chilenos. Eu fui ao mais básico (leia-se fácil e barato) de todos, que é Farellones, deixando La parva, El Colorado e o famoso Valle Nevado para conhecer noutra ocasião. No sábado 9 de julio de 2011 reencontrei uma antiga paixão: os esquis e a neve aos meus pés!
Pôr do Sol em Concon
O resultado de "ser início de temporada de neve" + "Farellones ser a estação de esqui de mais baixa altitude" é que a neve era pouca e não das melhores. A qualidade da neve interfere muito na qualidade do dia de esqui., mas mesmo assim, depois de 2 dias, minha confiança voltou. A melhor neve para esquiar é a chamada powder! Isso mesmo, neve em pó, que quando cai na roupa parece sujeira e que deixa a montanha parecendo um bolo confeitado, macio para ser esquiado! A neve que encarei estava meio icy, uma neve que derreteu e recongelou, gerando blocos de gelo duro (não era pedras de gelo, mas também não eram powder). 


Algo diferente de Farellones, comparando a Monarch que foi onde aprendi a esquiar, é que os lifts (as máquinas que te levam montanha acima) não eram como teleférico: elas eram uma espécie de cabo se agarra e te puxa, fazendo que as pessoas esquiem para cima. É nesse momento que ocorrem muitos acidentes para os iniciantes (que era o caso dessa pista). Cair esquiando é algo super normal, mas como sou muito precavida, caio pouco. No lift caí aí 2 vezes, sendo uma porque um menino caiu na minha frente e nao saiu antes que eu passasse e outra porque eu quis fazer uma "balaca" e não deu certo. O meu teceiro (e último) tombo foi por alguma babaquice, que aconteceu num lugar que não se imagina, fácil de ser esquiado. 
Farellones

Ainda bem que caio pouco, porque quando caio, os esquis nao se desprendem dos meus pés (que é o usual), dificultando o levantar... e saber cair é algo fundamental, para que machucados sejam evitados ou minimizados. Vi várias pessoas serem atendidas pela Ski Patrol (não, gente, não são os músicos, são os resgatistas!). Algumas delas tiveram que sair de maca da pista. Isso só me dá mais argumento para que eu siga esquiando como las abuelitas, em "velocidade padrão".


Memórias da temporada esqui 2011, by nicfloy:
- com o calor, me transformo num palhaço humano, com as roupas penduradas no casaco de neve;
- a botas de esqui fizeram bolhas fenomenais na minha panturrilha, que foram devidamente tratadas com Bepantol. Na proxíma vez colocarei muito esparadrapo para evitar elas.
- esqui é esporte de rico. Chegar na montanha com mala e esqui e ainda ter que buscar o albergue caminhando, é uma indiada cansativa e que ficará na memória. Vale a pena, mas cansa a beleza.
- fotos no face.

4 de jul. de 2011

Mate: para esquentar suas noites de inverno, não importa onde esteja!

Como diz Fito "Todas las músicas me hablan. Todas las cosas se conectan en mi corazón." As músicas na terrinha do tango tem algo diferente, tanto que se reconhece um estilo como "rock argentino". É muito interessante, pos com o "rock argentino" é ou ame-o ou deixe-o. Em 23 de outubro de 2010 fui ao Pepsi Music com a Juliana (minha ex-colega de ap, que é russo-colombiana) e assistimos alguns clássicos: Andres Calamaro, Los autenticos Decadentes, No te va gustar, entre outros. Foi muito legal, até tomamos mate num kit vendido lá, que vem cuia e bomba de plastico!!

Eu e o kit Mate descartável: nada ecológico, mas muito prático para uma noite de rock

Adorei tomar o mate (e me esquentou naquela noite!), mas tenho que confessar que me deu um pouco de dor na consciencia: todo material ali era descartável e depois nada seria reciclado. Na Argentina, normalmente as pessoas tem um senso artístico-político-cultural mais desenvolvido que o nosso, mas em termos de preservação ambiental eles estão anos luz atrás. Como outras coisas aqui (o estilo de vestir, por exemlo), no quesito "ecologia" eles estão estancados nos "anos 80". Vamos ver como um assunto que ainda está engatinhando aqui, que é o Desenvolvimento Sustentável / Sustentabilidade será encarado nos próximos anos por aqui.

3 de jul. de 2011

Terra, a toda poderosa!

Fenômenos naturais exercem um poder sobre mim. É algo que não posso evitar, falar sobre terremotos-maremotos-vulcões, chuva-raios-tempestades-tufões-furacões, mar, sol, lua, o espaço simplesmente me envolve. Taí outra profissão que eu poderia ter seguido: pesquisadora de algum desses fenômenos.


Estou, desde o final de março, trabalhando num projeto no Chile. E acho que porque estou aqui, a natureza resolveu brindar esse momento com alguns espetáculos. Já houve diversos temblores (terremotos de pequena escala), algumas queimadas (outono é época de seca), mas foram uma tempestade e o vulcão Puyehue os que mais interferiram na minha vida.

A tempestade, foi no meio de junho e tive vista VIP para o Pacífico revoltado, que invadiu a piscina e as quadras de tênis do Iate Club que fica aqui na frente. No hotel onde moro, vidros foram estilhaçados e telhados voaram para longe. Na rua, placas foram retorcidas e árvores arrancadas. Alguns lugares ficaram dias sem luz. Isso tudo não é nada novo, mas o que me fascinou mesmo foi ver o Pacífico se transformando e sua ressaca que durou uns 3 dias mais. Foi aí que me dei conta: o Atlântico é mais "amigável" que o Pacífico.

Já sobre o Volcán Puyehue, os acontecimentos são mais públicos. Ele mostrou sinais de vida no dia 3 de junho, expelindo fumaça. E desde então, ele anda mega ativo, entre expelir fumaça e algo de lava. Estou meio longe, e não o posso ver, mas a fumaça dele já cancelou um voo meu de Buenos Aires a Santiago e centenas (quem sabe milhares) de voos ao redor do mundo (SIC!). E nunca se sabe por quanto tempo ele ficará desperto.


Com os pequenos terremotos, já estou me acostumando! a maioria pelos quais passei, era madrugada e eu me despertei com o barulho típico e movimento da terra. só em uma ocasião me levantei da cama, porque foi um pouco mais prolongado e forte... Quando são pequenos, eu simplesmente espero passar deitada mesmo. E volto a dormir!

7 de fev. de 2011

Relembrar é viver!

Hoje foi um dia comum... trabalho, chego e casa do uma limpada em algo e vou ao pc... Resolvo fazer faxina na caixa de entrada do meu email, e me deparo com coisas históricas que devem ser registradas. Por isso, a seguir leiam um relato feito de uma viagem que fiz com a Michelle ao Peru em março de 2007 e seguindo, a resposta que recebi da Marina.

“Oi!!!

Para eu não perder o costume, este é mais um relato das minhas viagens por aí... Desta vez, a Michelle e eu saimos rumo a Buenos Aires e Peru.

Vocês podem imaginar que a viagem deve estar sendo bem tranquila e divertida (e realmente está), mas ao mesmo viajar pode estressar, acreditem...

A viagem comecou com uma noite num Hotel na rodoviaria de Porto Alegre: isso mesmo, o nosso busão nos esqueceu (e foi direto para Argentina) e tivemos que esperar 30h na maravilhosa rodoviaria de Poa e seus arredores ate embarcar con Flecha Bus.

Chegando em BsAs nos sentimos mais que em casa! Cada vez mais nos convencemos que temos que viver por "por lo menos" um tempo lá! Parques, cafés, bares, hablar español, festas, pessoas bonitas e educadas, calle Florida, Fito Paez, enfim, tudo! Buenos Aires é uma cidade para ser curtida em cada detalhe, momento e lugar! O clima da cidade estava muito bom: reencontramos amigos brasileiros e argentinos que estavam por lá e tambem fizemos novos amigos (o pessoal do albergue era bem legal!).
*Festa no Bahrein com o Fábio - Baires*

Depois de uma semana e já nos sentindo em casa, fomos a Lima.... Chegando lá, nosso estress começou! No Peru, para tudo, se deve negociar preço.... Pra ter uma ideia... o primeiro taxista queria nos cobrar 28 dolares para chegar até a casa da Alejandra (a amiga em que ficamos na casa), acabamos pagando 13 dolares.... Assim é em tudo: taxis, hoteis, roupas, tours..... não tem um dia que não temos que discutir preços algumas vezes... Outra coisa irritante sao "as moscas": é só chegarmos em algum lugar que todo mundo já fica em volta das "turistas que parecen de Europa" para oferecer bugigangas, taxi, comida, hotel, tours e não nos deixam em paz nem calam a boca, azucrinam e nos seguem aonde vamos. Eu, que sou relativamente calma já to mandando eles para aquele lugar em português e irritada para que nos deixem em paz. Enfim....comecei falando do lado mal de um país como o Peru, mas agora vem a parte divertida!!!

Estamos viajando por lugares lindos e diferentes entre si e do que estamos acostumados a ver:
- Lima: buzinas de carros e kombis, poluição e transito caótico é visto em qualquer parte de Lima! No bairro Miraflores nos sentimos muito bem caminhando pelas ruas, as praias do sul sao hermosas. Fomos a um bar brasileiro, para reencontar meus amigos, e lá aconteeceu algo impressionante... lá pelas tantas chegou um grupo de brasileiros que vivem no Peru, tocando uma samba de roda e outras musicas brasileiras. Eles viram que nosso grupo estava animado e perguntaram de quem era el cumpleaños. A Mi disse que era o meu (e era) e que também era um reencontro de amigos... para que... eles me puxaram e fizeram sambar no meio da roda de samba.... que vergonha! eu não ia deixar para menos, puxei a Michelle e ela teve que mostrar seus dotes brasileiros também. Mas o mais divertido foi enganar um carioca... Esse cara acreditou que não eramos brasileiras, ainda mais quando eu disse que no Brasil não tem gente clarinha como a gente (é o que todos dizem para nós, em especial para Mi, claro!). O carioca, para nos convencer, ainda disse "No.. pero en Rio Grande do Sul y Santa Catarian hay gente mas blanca..." No final contamos a verdade e ele falou "Claro, porqure nunca vi uma gringa sambar como voces, igual a brasileiras" Nos sentimos as rainhas do samba... imagina, duas gurias que nunca sambam ourvirem isso de um carioca! Ficará para sempre nas nossas memorias!!
- Trujillo: é uma cidade barulhenta e que fede, mas tem ruinas de cidades de barro e uma praia linda (mas que tambem fede). Segundo a Mi, é uma cidade de quinto mundo... Não temos muito mais o que dizer de lá...
- Huaraz: fica na serra peruana e tem uma Reserva Nacional linda, com montanhas, neve, lagoas de um azul esvereado lindo. Tambem fomos tomar banho de águas termais  para relaxar "un ratito".
*Reserva Nacional de Huascaran, Huaraz*

- Ica e Pisco: Depois de duas noites (mal) dormidas em busao e duas noites em (quase) hotéis, resolvemos ficar tres noites por aqui. E valeu a pena. :) Elas sao cidadezinhas pacatas, acolhedoras. Ica até tem um Oásis lindo!! sim, no meio de montanhas de areias existe uma lagoa com vegetação e animais. Ainda, já numa praia de Pisco chamada Paracas, fizemos um passeio de barco para ver leoes marinhos, pinguins e passaros. Não tivemos a sorte de ver baleias e golfinhos... mas tudo isso é imperdível!! É nessa região onde mais se fabrica o Pisco e outras bebidas derivadas da uva e chegamos bem na época da festa da uva!!

Outros fatos divertidos:
- as pessoas são tão feias por aqui (isso não é só a nossa opinião... até eles se acham feios!) que num dia em Ica nós recebemos uma sinfonia de assobios. Sério.... acho que + de 15 criaturas pararam para fazer fiu-fiu para nós, ao mesmo tempo. Seria impossível contar quanto ouvimos isso por dia, hahahhaha (e não estou de brincadeira!)
*Oasis de Ica, uma das cidades fortamente atingidas por um terremoto em 2007*


- Estávamos no meio da viagem entre Ica e Pisco (1h de viagem num busão anos 70) quando o encosto do banco do homem que estava sentado na minha frente despencou... até choramos de rir... E como estamos no Peru, o cara, ao invés de reclamar, ficou quietinho com medo de ter que pagar pelo estrago... tem coisas que só acontecem por aqui.... hééée
- Em Ica resolvemos nos dar o luxo de ficar uma noite num hotel com piscina (custando menos de R$25,00 para as duas...). Estavamos bem felizes que iamos tomar um banho de piscina gostoso, no calorão que estava, quando chegamos na dita cuja e havia algo que parecia uma convenção gay: mais de 15 guris (de uns 20 anos) sentando em volta da piscina, conversando, tirando fotos... essas coisas.... Mais tarde, fomos descobrir que eles são estudantes de engenharia da marinha do Peru e estavam la por isso. Conversamos com eles e eram bem legais, mas aquela imagem de convenção gay ficou na minha cabeça, até porque quando foram embora, todos uniformizados, parecia um filme....
- Depois de duas semanas no Perú, foi no lugar mais improvavel que descobrimos que no Perú sim tem pessoas bonitas (mas não muitas!!!)! Fazendo o passeio para Paracas, o motorista do nosso ônibus tinha sido o homem mais bonito que tínhamos visto até então... Mas ao chegar ao hotel e ver aquele bando de homens encontramos um LINDO!!! SIM!!! Descobrimos que existe UM peruano bonito!!!
- Já nos cansamos de ouvir aquele papo de "las dos chicas lindas son solteras?". Entao, comecamos a dizer "Não, somos casadas, estamos de férias da faculdade. Nossos maridos estão no Brasil trabalhando, enquanto nos divertimos viajando pelo Peru. Ao voltar para o Brasil, retornaremos a nossa rotina de estudante e dona de casa. Ah, somos fiés, sim. Não queremos nada contigo, peruano mala."
- Para quem não aguentava mais a música "a ella le encanta la gasolina, dame mas gasolina", saiba que esse é um ritmo que está muuuito na moda aqui e que se chama reggaeton. Pois é.... todos os dias temos que escutar essa fina flor da musica latina trash e até já sabemos o refrão de outras... "acércate, te necesito, y dale pan, pan, pan... pan, pan, pan...." Ai meu deus!!! que saiam da minha cabeça essas músicas!!!!!

Bom, para quem chegou até aqui, parabéns por aguentar esse relato! Se quiser mais news de Arequipa, Lima e Buenos Aires (lugares que vamos e retornamos), me escreva que mandamos mais mails!!!”

E agora, o email que recebi da Marina em resposta:

"Nico, muito engraçado o teu relato. Tu tens que escrever um livro.
Aliás, esses dias eu sonhei contigo, quase morri de rir depois. Sonhei que tu tinhas mandado uma caixa com presentes do Peru: um discman e cds e uma mochila feia... dentro da mochila feia vinha uma mochila bonita, uma bolsa da nike, um monte de blusões lindos, um feio e mais algumas coisas que esqueci.
A caixa vinha com uma instrução: dividir com a Grazi e a Helena.
Eu, dentro da minha ganância, pensei "que bom, vou pegar o melhor pra mim e deixar que elas dividam o resto!" Santa ignorância. 
Fui tomar um banho e quando voltei elas tinham dividido tudo: o melhor ficou com a Grazi, a Helena pegou algumas coisinhas e pra mim sobrou a mochila feia e o blusão feio. Fiquei muito braba mas não disse nada. Fiquei doida de vontade de surrupiar um blusão da grazi, foi muita sacanagem dela!!
Enfim, não manda nada que vai dar briga.
beijos, Marina"

20 de nov. de 2010

Não quero deixar que minha rotina me engula! Por isso, gosto de viver (ou tento?) os momentos da vida que podiam passar despercebidos. E o que isso tem a ver com um post? Tudo! Pois depende de mim diferenciar o que é ou não rotina e falar sobre isso aqui. 

Depois de viver 10 meses na capital do país do tango, começo a entender a lógica nativa. Tem muita coisa estranha, mas estou me adaptando... já fazem parte da minha rotina!
  1. se adora uma fila aqui... as pessoas sempre optam pela fila maior!
  2. pagar ônibus com moedas (e poder voltar de madrugada para casa com eles),
  3. incrivelmente para subir ao busão se formam (e se respeitam) filas.
  4. há uma quantidade significante de meninos, rapazes e homens que dão preferência para as mulheres na hora de entrar ou sair, e ainda seguram a porta,
  5. saber a diferença de um táxi para um remis (essa foi complicada de entender!),
  6. existem muito tipos de alfajores (e alguns que estão mais para bombom que para alfajor) e que este mundo vai muito além dos "Havanna",
  7. ver amigos / colegas homens se beijar quando se cumprimentam é bonitinho e já não me parece "raro",
  8. não existem manicures como as brasileiras,
  9. em dias quentes e ensolarados as pessoas vão de traje de banho para as praças pegar Sol (bizarre).
Me despido com el "no consigo sacarme el tango del corazón" del rosarino Fito Paez.

14 de nov. de 2010

Buenos Aires cultural

Em pleno 13 de novembro, eu - que sou uma pacata cidadã, recebo a seguinte "invitación" de meus colegas-amigos venezuelanos: 


"CULTURA BAJO LA LUNA
Viví una noche única donde la cultura está presente en cada barrio. 170 museos y espacios de arte abren sus puertas para difrutar actividadees gratuitas como exposiciones, teatro, danza y música en vivo en un evento único de nuestra ciudad."


Eu queria ficar em casa, fazendo trabalhos para a pós... mas a noite me chamou mais forte! (ou teria sido a ameaça do meu colega Ricardo?) 


Argi, Mafer e eu: programa, mapa e passe livre para o busão em mãos! 

Primeiro fomos ao Museu do Holocausto... demos uma vuelta, e ouvimos um depoimento. Tá, foi interessante, mas senti falta de uma visão mais político-social e não tão pessoal da história. Depois, íamos ver um tango aéreo, mas chegamos muito tarde... Nos restou comer uma famoso choripan na Costanera Sur... fila enorme e baita vento: no fim, não havia mais tempo de ir ao planetário ou Malba, que era o plano inicial. Pensamos então em terminar nosso noite cultural na festa com DJ ao ar livre (ainda na Costaneira Sur). Ficamos um tempinho e resolvemos voltar para a civilização... seria um longo caminho, já que moro perto da Costanera Norte! No meio do caminho, fomos surpreendidos por uma mostra de ônibus antigos! Fizemos a festa!! subimos neles, tiramos fotos! emocionante ver os busões do passado!


Eu pagando minha passagem para o motora Ricardo.

É... pan et circus é algo importante de dar para o povo quando não se tem pão e circo. Festivais de cultura como este e como o do feriado de 25 de maio foram excelentes e fazem parte da construção cultural e social de um lugar. Espero que Buenos Aires siga tendo essas iniciativas tão legais e integradoras... Nos FSM que tinham em Porto Alegre eu tinha o mesmo sentimento.

That´s all, folks!

15 de jun. de 2010

Procura-se um marido

Mulher solteira, 28 anos, nível superior completo, boa aparência busca marido. Os candidatos devem preencher os seguintes pré-requisitos: ser limpinho e razoavelmente organizado, ser bem humorado e inteligente, estar disponível para loucuras diversas. É excludente estar plenamente disponível para limpeza doméstica.

Adoro morar sozinha, mas se há algo que me incomoda é os afazeres domésticos. Isso está cansando demais a minha beleza: olheiras devido a horas de sono a menos, mãos ressacadas por sabão e agua sanitária. A pessoa (eu no caso) tem que levantar cedo, se arrumar para trabalhar, limpar o banheiro, a cozinha, varrer, colocar o lixo para fora, pagar as contas (quem foi que disse que pago, tá tudo atrasado porque não pude sair para pagar!) e fazer super! Tá, o super pelo menos é mais agradável e sempre esbarro em possíveis candidatos a amos-do-lar (hoje, aliás, tinha um na minha frente na fila que quase empacotei e trouxe junto). Só por isso estou em busca de um marido para compartir essas atividades cotidianas... hahahahah

Então tá, quem souber de qualquer candidato, por favor informe meu telefone e email para agendarmos entrevista (to no ritmo de head hunter, que era o meu primeiro trabalho aqui... hehehe)

Hasta Luego

Nuestros hermanos

De hecho, creo que los argentinos son nuestros hermanos...

Sendo brasileira, em qualquer época do ano o assunto é esse: futebol e alegria do nosso povo. Antes de qualquer rivalidade, a maioria dos argentinos mostra certa admiração por essas características.

Hoje no início do jogo do Brasil X Coréia (o debut do Br en el Mundial, como eles falam por aqui) foi lindo ver um refeitório cheio de argentinos admirando a partida do Brasil, em pleno horário de trabalho eles deram uma escapadinha...

Cheguei em casa no início do segundo tempo e liguei a TV. Foi incrível escutar o grito do narrador no segundo gol do Brasil. Não ficou devendo a nenhum narrador brasileiro. E quanto elogios, mesmo jogando não tão bem. Depois, ainda elogiaram um monte e ainda mostraram a festa de brasileiros na África do Sul, em Buenos Aires e no Rio de Janeiro. Só fiquei meio envergonhada quando entrevistaram brasileiros ao final e um chegou e disse "somos melhores que a Argentina e vamos ganhar de vocês na semi-final" (e só podia ser um gremista... hahahaha).

Tá, não se pode negar que sim, há rivalidade tanto no futebol, quanto na "alegria"... Fito Paez canta que "a alegria não é só brasileira" e que brasileiro nunca ouviu da boca de um hermanito "Maradona ou Pelé?". Nunca haveria esse tipo de comparação se ao mesmo tempo não houvesse admiração. E nunca haveria um diálogo de rivalidade divertido se não houvesse certo respeito (mas nem sempre).

Tive essa sensação de que Brasil e Argentina são realmente irmãos e essa admiralidade (admiração+rivalidade) festivas e futebolísticas que tenho tido só me mostram mais isso.

Quem eu quero que ganhe a Copa?? Bom, eu nem deveria dizer, me sinto até ofendida, mas como falo aqui por vontade própria não me ofendo. Óbvio que o Brasil! e ganhando da Argentina, Itália ou Alemanha. Sei que, independente do resultado, vou ter que escutar muita coisa sobre o Brasil (se ganhar é porque teve sorte e se perder porque somos ruins! hahahaha No entanto, somente uma coisa não pode acontecer: a Argentina ganhar do Brasil em qualquer momento! Aí sim, vivirei o resto da minha vida ouvido isso... vai se pior do que o Maracanaço. (tá, Maracanaço que não vivi.)

Enfim, posso estar vendo o mundo somente com lentes cor-de-rosa nesse post, mas prefiro ver asssim de com uma lente cinza amargurada.

SUERTE BRASIL! AVANTE BRASIL! UHUUUUUUUU

10 de jun. de 2010

Poema

Há pouco tempo descobri que gosto muito de Carlos Drummond de Andrade e de Fernando Pessoa.

Aliás, se como cantora eu gostaria de ser uma mistura de Madonna, Cazuza e Rita Lee, como escritora eu queria ser o Carlos, o Fernando e o Luis Fernando Veríssimo.

18 de mai. de 2010

Hay tantos caminos por andar...

Pode existir algum desavisado que até poderia não saber, mas fazia muito tempo que queria vir morar em Buenos Aires. Em 2007 quando estive aqui com a Michelle a gente quase não voltou para Poa... queríamos estudar foto, italiano e trabalhar no que fosse aqui! Em 2008 conheci a Karine, pouco antes dela se mudar para cá: aí que decidi definitivamente que eu moraria em Buenos Aires logo, e coloquei uma data limite pessoal para 2010. Fui organizando minhas idéias no final de 2008 e durante 2009 e decidi que viria estudar e trabalhar. Ser só estudante não me daria uma experiencia e visão completa do trabalho como gosto, além do trabalho dar o sustento $$.


Cheguei em janeiro de 2010, pronta para começar a trabalhar. Em menos de 1 semana, recebi visita da mommy. Logo depois, no carnaval, veio um camburão de Poa para aproveitar o feriadinho... Depois desses momentos alegres, voltei a Poa 2x (março e abril) para me despedir de 2 pessoas especiais... e só na minha volta, as coisas começaram a se mover pelos Aires Porteños.


A primeira coisa que se moveu foram as aulas: segundas e quartas pela noite, frequento o curso de pós de Psicologia Organizacional, numa unidade da UB que fica a 3 quadras (ou manzanas, como dizem por aqui) da minha casa. Estou gostando muito da minha turma (que nao chega a ter 15 alunos) e somos temos representantes de muitos países sul-americanos: Argentina, Chile, Venezuela, Paraguai, Peru e Brasil (euzinha!)!

Comigo as coisas costumam ser assim: tudo vem ao mesmo tempo e tenho que fazer escolhas. Depois de alguns meses esperando o visto para trabalho, finalmente o tirei. E somente depois disso comecei a ser chamada para entrevistas de trabalho. Fiz 3 em 2 dias. Fui chamada para um no dia seguinte da entrevista (é o trabalho onde fiquei 2 semanas), para outro na semana seguinte (que a essa altura a proposta não me interessava mais) e na semana seguinte, para o que estou atualmente. Comecei há 2 dias nesse novo trabalho e estou gostando muito. É bem cansativo, mas amo essa sensação! hahahaha... devo ser louca mesmo!

A história da menina que nasceu casada:
Quando me perguntam o meu nome completo, o povo argentino costuma perguntar "DE loyola, como las CASADAS?". Em que raios de mundo ainda vivemos que nao se pode ter um DE no nome sem ser "DE PERTENÇO AO MEU SENHOR MARIDO"? Enfim, o maior estress foi quando em migraciones encucaram com o meu "DE" no sobrenome: "ah, é que DE é para casadas...". Tá bom... Como já me disseram, se eu casar por aqui eu seria como a Dona Flor e seus 2 maridos.

No meio dessa loucura de migraciones e entrevistas para jobs, em menos de 10 dias recebi duas visitas ilustres: Marina (de Poa) e Edna (de Bsb).

Bom, "hay tanto que quiero contarte...", pero seria muito para um post só! Quero falar de músicas e de alguns ditados em español!! Y otras cositas más! Aguardem!

12 de fev. de 2010

eu, o milho, a sorte e as pombas

Esse é um assunto que me fascina: sorte, luck, acaso... Os significados que essas palavras tem em diversos idiomas e o signifiado na vida real!

Se fossemos considerar o número de cagadas que levei (de pássaros e pombas) nos últimos anos e do grilo que está vivendo no meu apartamento, minha sorte está aquém do que mereço! Não a estou desmerecendo (a minha sorte), mas certamente o meu pacote de bolachinhas é bem recheado (já dizia meu mapa astral...).


AVISO: antes de continuar a ler essa postagem, deixe sua cabeça aberta a novas experiências... muitas revelações e viagens mentais estão por ser desveladas.

Estou descobrindo que minha sorte é transferível a amigos quando quero.
Em novembro de 2009 estive em NYC e lá conheci a Cris ( paulista que vive in The City). Fomos a uma janta: houve uma rifa. Dito e feito, a Cris, que disse nunca ter sorte, foi uma das 3 sorteadas da noite. Eu fui uma das outras.
Outro causo: no início de fevereiro de 2010, eu já estava em BsAs, e depois de perambular por Palermo, fomos parar no Cassino para comemorar o aniversário de um amigo. Eu prometi passar a minha sorte naquela noite para outro amigo, o Alex (alemão-brasileiro que vive em Buenos Aires também). De novo... ele foi o ganhador da noite.

Concluo que temos que multiplicar as sortes por aí, pois ela não acaba!! (esses são acasos que ocorreram, se tive interferência nas sortes, não sei, mas posso achar o que eu quiser)

Para terminar, contarei uma historinha verídica, e com nomes mantidos em sigilo, sobre a "leitura da sorte" por terceiros. Aí vai:

Era uma ensolarada tarde da primavera de 2004 e eu me encontrava jogada num canto do apartamento. Recebo um convite de uma amiga: ir a uma cartomante - chamada Polaka - em Viamão, que tinha sido muito bem recomendada por uma pessoa "confiável". Eu nunca tinha feito nada parecido e resolvi ir com ela só para acompanhar. A viagem foi linda: Viamão realmente é rural, e mais rural ainda quando 3 moças se perdem em meio a rua de chão batido. As indicações que tínhamos para chegar na Polaka eram sombrias como "vira na quarta entrada depois da UFRGS" (ah, essa é fácil!), depois "segue até chegar na padaria do pagode, então tu vira na esquina do Açougue Boi Velho e segue até a rua fazer a curva ao lado do matagal". Por incrível que pareça, chegamos lá, e eu mal imaginava que a experiência antropológica recém começava. Foram elas no atendimento e equanto isso eu me entretinha com aqueles "deliciosos" programas de Tv de sábado pela tarde, numa sala cheia de moscas. Chegou a minha vez: e agora, o que eu faço? Vou ou não? OMG! Ajoelhou, tem que rezar! Cena bizarra: a mulher me eperava sentadinha na cadeira, em frente a uma mesa... Ela jogava milhos (como se fossem búzios) na mesa, onde tinha um copo com água suja e moscas mortas. Das diversas coisas que ela me falou (como "fulana é invejosa" e "te vejo trabalhando com muitos papeis"), uma das que mais m marcou foi: "Tu vais comprar um carro, ne?" e eu respondo que não. Não satisfeita, ela diz "Ah, mas se tu não comprar, pode escrever aí, tu até o final do ano vai ganhar um." Tu vê, até a milhomante me acha uma mulher de sorte. Pena que o tal carro estou esperando há mais de 5 anos. Nem um fuscão 66, nem um Peugot conversível e nem um carrinho de brinquedo! Que decepção!

Quem me responde essa? Temos a sorte lançada ou um destino traçado? Ou nenhum dos dois? Eu não sei, mas me entretenho divagando!

Sorte já está lançada? Alea jacta est!

19 de abr. de 2009

Colorado, Colorado, nada vai nos separar... Somos todos teus seguidores, para sempre vou te amar!

05 de abril de 2009...

BEIRA-RIO BOMBANDO...

MEU PRIMEIRO GRENAL!

O DO CENTENÁRIO!

TEVE UM MOMENTO QUE FIQUEI BRANCA!
MAS TE DIGO: DE VIRADA É MAIS GOSTOSO!
INTER 2 X 1 GRÊMIO



"Em 1909, nasceu um grande campeãoé o vermelho infernal, ó INTERNACIONAL
que eu vivo a exaltar!

AE, AE, AE,AE, AE, AE
INTER, INTER, INTER"

Musica e cheiros - mais do mesmo

Música é uma parte importantíssima da minha vida. A Música até já se tornou um substantivo próprio: ela é a Música. Música para viajar, Música para dormir, Música ambiente, Música para dançar, Música para caminhar, cantar e seguir a canção....

Assim como a Música, os cheiros são marcantes para mim. Eles marcam pessoas, sons, cores, ocasiões, sentimentos, expectativas e lembranças e a lista poderia continuar.


Algumas músicas me marcam mais do que algumas pessoas.

Alguns cheiros representam mais do que palavras.

A Música quase sempre é uma ótima companhia para mim e o cheiro faz o clima ficar mais completo.Para mim, Música e os cheiros uma forma de reviver (uma época), são uma forma de viver novamente (renascer das cinzas), de inovar a partir do mesmo e de continuar a mesma.

Recomendações:
Amelie Poulain
Viajar
Ouvir os sons do mundo
Beatles
ah, recomendações não servem para muita coisa, só para dizer um pouco de coisas que gosto.

10 de jan. de 2009

Vivir con sentidos: sobre Cheiros e Música, com pitadas de cidadania

Parte I - Sentidos
Em Bogotá há uma campanha muito interessante de cidadania que é chamada "Bogotá sin indiferencia". Uma das iniciativas dessa campanha é voltada para jovens: "Vivir con sentidos" que tenta mostrar como a vida pode ser sem o uso abusivo de qualquer tipo de drogas, uma vida com os SENTIDOS. O sentido da vida seria melhor percebido quando podemos ter nossos sentidos livres?

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Parte II - TOC de todos nós
Querer sentir tudo que for possível é um TOC que tenho...
...deslumbrar-me com as cores da estação por onde passo me faz esquecer do que tenho que lembrar...
...ouvir e cantar me dá alegria...
...passar por paredes e toca-las é indispensável...
...desvendar cada sabor comida tem é um prazer único...
...respirar fundo por onde se vai dá o oxigênio que precisamos...
Isso é sério... às vezes fico meio autista porque quero sentir tudo! hahahahha... só rindo mesmo... mas se os outros não me entendem, azar, pois eu me entendo.

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Parte III - A continuação
Agora de que adianta gozar destes sentidos se o que vemos e vivemos nem sempre agrada? gente estúpida, falta de respeito, egoísmo e outras coisas que incomodam muito, quando muito evidentes numa sociedade.
Acho que gosto daquela campanha de "Bogotá sin indiferencia: vivir con sentidos" porque ela reúne viver os sentidos individuais para ter um sentido coletivo mais chevere, i.e, mais legal.

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Parte IV - Ao nosso redor
O que está acontecendo com o Brasil? Com o mundo? Com o mundo a nossa volta? Estaria nos faltando dinheiro? Amor? Educação? Che boludo, que pasa acá!? Acho que mais do que uma educação formal ou de "conteúdo" precisamos é aprender a sermos cidadãos. Mas quando é que se fala de atitudes, conceitos, ética, responsabilidade individual e coletiva, amor, sociedade? Em determinados grupos esse tema chega ate ser discriminado, chato, abolido.

Parte V - Final
Este post não vai ter fim.

26 de jul. de 2008

razão e emoção

Pois é.... esse título é um clichê e até lembra uma certa música, mas ele tem muito a ver com ser humano. Bom, pelo menos comigo tem a ver, e isso é o que importa aqui.

Esse testezinho
http://img.photobuc/ket.com/albums/v627/Phoenyx_BR/mulher_que_gira.gif dá indicações de "Com que lado do cérebro voce trabalha". Para mim, o resultado disse que sou mais racional... Mas é que ele não entende que minha emoção está ligada com a minha razão. Esses dois sentimentos não podem ser separados, como costumamos fazer, assim como não se pode separar a noite do dia e o bem do mal.

Eu me achava super-mega racional, até que um tempo atrás parei para pensar (muito racionalmente) no que eu faço como me motivo para fazer e etc. Aí me dei conta que tomo atitudes com muita emoção, mas tendo uma justificativa racional. Se isso é bom ou ruim, também não me importa, sou um pouco assim.
Este espírito aventureiro de viajar por aí me persegue desde quando eu era pequena.... sim, isso faz um tempinho... talvez quase duas décadas. Minha emoção, por um lado, diz para eu ir adiante, minha razão me pára e diz "te acalma", mas logo em seguida ela reaparece (a razão emocional) e me diz "vai adiante, não adianta seguir a vida que outros pensam que é a ideal, se tu não vai atrás do que te satisfaz". Daí vem uma pergunta muito importante: o que me satisfaz?

Essa é uma pergunta beeem sacana. Sei que, conhecer novos lugares e maneiras de viver satisfaz essa minha loucura de conhecer um pouquinho do que é o mundo. Talvez seja essa a minha missão atual, saber um pouquinho mais de como é o nosso mundo, para saber interagir com ele e mudá-lo, quem sabe, para aquele esperado lindo mundo, que até me faz chorar.

13 de abr. de 2008

Este post é para alimentar o lado filosófico e profundo que existe dentro de mim. São frases que encontrei por aí e que têm tudo a ver comigo. Deleitem-se:

"Vamos descobrir um tesouro naquela casa?
- Mas não há nenhuma casa...
- Então vamos construí-la!"
Groucho Marx

"É melhor sonhar a vida do que vivê-la, ainda que vivê-la seja ainda sonhá-la."
Proust

"Dizem que eu finjo ou minto tudo o que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação."
Fernando Pessoa

"Nenhum pessimista jamais descobriu os segredos das estrelas, nem velejou a uma terra inexplorada, nem abriu um novo céu para o espírito humano."
Helen Keller

"O povo que subjuga outro forja suas próprias cadeias."
Karl Marx

11 de jan. de 2008

Bairrismo mundial

Desde pequena tenho contato com aspectos culturais diferentes. Meu pai, que é chileno, falava um espanholês (hoje ele evolui para portuñol), dois dos meus primos são paulistanos e com sotaque marcado. Eu me interesso por lugares, culturas e pessoas diferentes, ao mesmo tempo percebo que tenho um amor profundo por ser gaúcha de sangue e porto-alegrense! Acho que essas questões culturais que nos rodeiam nos fazem refletir não somente sobre ser gaúcha ou brasileira, mas ser SER HUMANO.

Alguns me perguntam "o que tu prefere este ou aquele país" ou "qual é melhor e onde as pessoas são legais". Essas perguntas são muito canalhas porque eu (que tento ser politicamente correta) não acho que tenha somente uma resposta correta. Agora... sobre algumas coisas já tenho melhor percepção, depois dessas experinências de intercambio e viagem por países da América do Sul e Estados Unidos.

Um aspecto muito interessante é sobre o "ser tu" e o "ser brasileiro" ou "ser gaúcho". Ser brasileira é muito interessante. Sou porto-alegrense, gaúcha, brasileira, latino-americana e “mundana”. Mas afinal, o que significa fazer parte de uma cultura? E o que tu, como indivíduo único, tem a ver com a tua cultura?

Dizem que brasileira é mulata e dança samba. Eu não sambo e nem sou mulata. Aliás, não conheço muito as nossas músicas que fazem sucesso internacionalmente e conheço menos a música gaúcha, conhecida no Brasil. Meu sotaque é brasileiro, gaúcho ou “de Porto”? Os nossos queridos chimarrão e churrasco, por exemplo, são gaúchos ou argentinos?? Ora.... A cultura não tem fronteiras! "El gaucho",na Argentina, usa lenço vermelho no pescoço e calça de bombacha, laça o gado e faz churrasco. E este gaucho também aparece no sul do Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia e quem sabe que outros lados mais. Outro aspecto que me mostra que a cultura não pertence a um país é o doce de leite (nos países sul-americanos que estive ele é considerado super típico)... sim, temos influências parecidas, o delicioso dulce de leche (Argentina/Uruguai), o tradicional arequipe (Colombia) e o suave manjar blanco (Peru). Eu poderia, ainda, citar inúmeras outras coisas que achamos exclusivas da "nossa terra", mas que na verdade fazem parte de um traço cultural muito mais abrangente.

E onde ficaram as pessoas, no meio de todo esse bla-bla-bla cultural? As pessoas dão uma ótima temperada nas suas culturas. São elas que colocam humaninade, inteligência, integração e sei lá mais o que na evolução das culturas. São elas que reduzem os espaços no tempo e distâncias existentes, usando tecnologia e viajando (low fare companies, we love you!). São elas que mudam quando não concordam com algo, por mais que tenha sido feitos por gerações anteriores (há espanhóis questionando a tourada...). São elas que tornam o previsível em inesperado. Meu conselho?

Depois de toda essa divagação, deixarei algumas palavras. Só entenderá quem tiver que entender, os outros não estão na sintonia da mensagem.

Você sabia que...

- a Floresta Amazônica é brasileira, peruana, equatorina, colombiana e até venezuelana?
- tem muito "gaúcho macho" que chora (e admite) e norte-americano que não acha a "América"o centro do Universo (e não se encaixa no perfil norte-americano que rola por aí)?

Dicas para viver:

- persista no que acredita, lute;
- a vida deve ser vivida, não consumida;
- se libertar para o amor, a esperança e a reflexão ajuda na liberdade de viver plenamente;
- há mais coisas, que não consigo contextualizar. Talvez não seja a minha hora.

5 de jan. de 2008

Coisas que eram para ser

Existem coisas que surgem na sua vida para ser algo mas, pelas surpresas do destino, acabam não sendo. Eu teria inúmeros casos para citar, assim como quase todos nós. Mas no fundo da minha alma, não sei porque eu perco tempo pensando nessas coisas e me lembro do polêmico destino. Os nossos destinos já estão completamente determinados ou a gente pode mudar ele totalmente e se a gente pode mudar, ele realmente existe?? Alguma coisa dentro de mim diz que sim, existe algum destino pré-determinado, mas outras coisas que mudamos, a medida que vivemos. É como o nosso destino tivesse boundaries (delimitacoes). Por exemplo... existe uma área por onde nossos destinos passarão e somos nós que controlaremos eles dentro dessa área. Bom, essa teoria eu realized (me dei conta dela) agora. (PS: que coisa chata essa de ficar colocando palavras em inglês no meio, mas eh que acho que essas palavras tem um significado mais coerente com meu sentimento nesse idioma, sorry).

Momento nostalgia... falando de coisas que eram para ser.... e se...
- em Bogotá eu e os demais estrangeiros iríamos ficar numa casa só para nós. Como teria sido, eu não sei. Mas sei que ficando na casa onde fiquei pude conviver muito com uma (agora) grande amiga minha, lá mexicana loca y terrible, Claudia, alem de conviver com uma família incrível e super receptiva e de poder usar aquela casa prometida para fazer festas gigantes que seriam terríveis caso eu morasse na casa e tivesse que limpar no dia seguinte!
- eu tivesse feito engenharia de materiais, turismo ou química na facul... o que eu estaria fazendo hoje?

Ta, essa coisa de ficar pensando no "e se" eh um saco! e se, e se, e se, e se... Que coisa ridícula!!! eu diria que isso é um bom treino para ser escritora de ficção, mas não ajuda muito na realidade. Ou sim? Será que podemos viver realidades paralelas?? e se isso fosse possível!? hahahahahaha e se, e se, e se. Não que eu não esteja satisfeita para onde minhas decisões me levaram no meu destino, mas acho que tenho tanta vontade de viver tudo, que quero que essas realidades paralelas coexistam, e nos meus mundos imaginários de "e se" eles existem, nem que seja por alguns momentos.

Aliás, falando de mundos imaginários, qualquer dia tenho que falar dos meus sonhos malucos, com detalhes e viagens (tanto de ir para outros lugares quando no de "bah, meu, viajou....").

Até agora, eu falei, falei, mas não disse nada. Não disse nada porque tudo que escrevi serviu (e está servindo) para eu descobrir a minha área limite do meus destino. Sim, eu sei que isso é meio louco, mas é isso aí. Isso é uma coisa muito importante para mim e garanto, esse é um caminho cheio de curvas, trancos, barrancos e paisagens que passamos, mas no final (existe final?) sempre tem uma cachoeira, pote de ouro e felicidade, por mais que não se creia em gnomos.

Sei que está meio confuso, mas esta sou eu, eu sou esta e se tu me conhece, tu entendeu meu recado. E se tu não entendeu, talvez não me conheça tão bem.

fui, por enquanto. Volto assim que o meu sinal de psicografar pensamentos, realidades, sentimentos e outras coisas volte.

4 de out. de 2007

Vamos Brincar de Índio!

“Vamos brincar de índio, Mas sem mocinho pra me pegar
Venha pra minha tribo, Eu sou o cacique, você é meu par
Índio fazer barulho, Índio ter seu orgulho
Vem pintar a pele para a dança começar
Pego meu arco e flecha, Minha canoa e vou pescar
Vamos fazer fogueira, Comer do fruto que a terra dá
Índio fazer barulho, Índio ter seu orgulho
Índio quer apito mas também sabe gritar”

Acho que de tanto cantar essa música da Xuxa, quando criança e de ouvir minha mãe me chamar de indiazinha, virei meio índia pois adoro fazer "programas de índio".

Não há lugar que eu vá que essas atividades nativo-americanas não são uma das maiores atrações. São eles que rendem histórias muito divertidas, inesquecíveis e fotos incríveis. Contarei alguns tipos de programas de índio que já participei.
Um dos maiores programas de índio que já fiz, intencionalmente, foi ir à Estátua da Liberdade em Nova York: ficamos horas nas filas (e verificações do governo para ver se não faríamos nenhum atentado), tivemos que cantar uma música brasileira para um cop-turístico para conseguir as entradas entre coisas que já me esqueci. Esse é o tipo que se faz uma vez na vida, tu quase te arrependes, mas no final vale a pena.

A minha última atividade indígena foi aqui na Colômbia, quando fui para a praia, isto é, para o lindo Caribe.

Sim, índio ama a praia, ama a natureza. Sim, índio vai para muito longe para encontrar seus santuários aquáticos. Saí de Bogotá numa terça pela manhã com rumo a Cartagena: 22 horas num busão.Foi uma viagem tranqüila, num ônibus de altíssima qualidade Marcopolo e sem nenhuma mala no meu lado para incomodar.Mal cheguei lá, já fui ao meu destino: um passeio pelas Islas del Rosário. Lindo, mar cor de uma pedra muito comum aqui, cor esmeralda. Uma das paradas era a Playa Blanca. Lá uma nativa me perseguiu por meia hora, sentou ao meu lado, me elogiou de tudo, fez massagem nos pés (me encheu o saco para fazer)... tudo para conseguir qualquer $$ de mim. Desde quando índio sabe o que é $$? Índio conhece o escambo! Dei 4 fitinhas do Sr.do Bom Fim para ela.

MASSAGEM NOS PÉS

Voltando a Cartagena, conheci o centro histórico que é lindo! Se chama Ciudad Amurallada (cidade com muros). Esse nome porque há muitos séculos construíram muros em volta da cidade para a proteger de ataques de piratas! Era início da noite e índio dorme cedo. Os hotéis por ali estavam muito caros e resolvi dormir na praça. Não deu muito certo, antes mesmo de eu pensar em dormir, enquanto eu estava vendo o que eu faria no dia seguinte, chegou um guardinha turístico e começou a puxar papo. No fim, ele me indicou um Hotel (muquifinho, mas desde quando índio se importa) onde paguei menos de 1/3 do que queriam me cobrar em outros (muquifinhos melhor localizados). Dormi e vivi. Acordei e fui direto para a Rodoviária, rumo ao Parque Tayrona: um reserva Nacional com mais de 30 praias.

Mal eu sabia que este dia seria o mais agitado! Levei em torno de 7 horas para fazer uma viagem de +- 300km. Eu tinha que tomar 3 ônibus para chegar ao meu destino. E foi o que aconteceu. O problema é que nossos queridíssimos amigos costeños fazem os ônibus pinga-pinga ficarem parados enquanto não lotam. Acho que fiquei umas 2h parada só esperando encher o maldito. E dá-lhe indiada.

Bom, perto das 16h cheguei na entrada do Parque Tayrona. Entrei! Uhu, agora é que começa minha indiada natural! No parque, o meio de transporte é cavalo ou caminhar. Como sou índio de raiz (no novo mundo não havia cavalos) e sem muita coisa para escambar, fui rumo a primeira praia da maneira tradicional, caminhando. Logo no inicio desta jornada, começam os tratamentos naturais de beleza: fiz uma esfoliação nos pés, pois a trilha estava toda cheia de lama e merda de cavalo. Depois de 1h de caminhada dura, chego na primeira praia, a de Arrecifes, me jogo na areia e fico um tempinho curtindo o sol, a areia, o vento e o barulho do mar! GRAÇAS A DEUS, aqui não tem vendedores te aporrinhando!! Começa a escurecer e índio tem que dormir. Entro num dos campings e alugo uma rede: sim, índio dorme em rede, nem que seja alugada.

FOTO EM ARRECIFES, TAYRONA

A noite foi boa, acordei um pouco antes das 6h, logo depois que o sol chegou. Parto em rumo a outra praia, a do Cabo, que é uma praia de águas mais calmas e cálidas. O caminho foi muito bonito, passando por praias menores e pelo meio do mato. Então foi aí que os mosquitos começaram a me atacar. Desta vez resolvi não dar bola para eles, e no final da viagem tinha mais de 40 picadas... que eu posso fazer se eles me amam anyway e anywhere?

Na praia do Cabo foram 2 noites e redes lado-a-lado.Me senti num Big Brother tanto que numa noite até sonhei que estava participando do BBB. Nesse lugar paradisíaco minha rotina era: acordar cedo, escolher um lugar na sombra da praia, passar protetor e ficar entre areia, sono, mergulhar, ouvir música, mergulhar, pensar na vida, mergulhar e pensar em não voltar mais para a civilização. Até me arrisquei a conhecer a uma praia dita “de nudismo”, que era vazia e não tão bonita. Voltei para a minha tradicional sombra da praia do Cabo.

BIG BROTHER TAYRONA

Meu espírito guerreiro de índio me avisou que era hora de voltar para casa. Então, no meu quarto dia no parque tenho minha jornada de quilômetros e quilômetros para chegar até a saída do parque e a estrada e depois de um dia chego de volta a Bogotá.

Bom, na minha lista ainda falta caçar, pescar e pintar a cara com urucum (ah, isso já fiz quando fui para San Agostín!), mas já me considero índia honorária! E agora, qual será meu próximo progamaço de índio!?? bububububububu

17 de set. de 2007

Comer, comer

COMIDAS... por mais que sejam parecidas, sempre são diferentes onde é que se vá! Apesar dessa mescla de comidas, sempre há peculiaridades gastronômicas em cada lugar: o gaúcho que come carne, o baiano que come picante, o europeu que come batata... e assim por diante.

É praticamente impossível comer um prato aqui que não tenha arroz, milho ou banana (se não tiver os três!) Eles comem muiiita banana, aliás, existe mil e uma maneiras de preparar e comer banana! banana verde, madura, frita, com galinha, crocante, com tomate, guacamole, doce... Tem uma comida chamada Patacón que a base é feita com banana e leva vários recheios e tenho que aprender a fazer ela! A mesma coisa acontece com o milho: com ele se faz o tamal (que é uma espécie de pamonha), a arepa (que é uma espécie de polenta branca), com e sem recheios e até a empanada colombiana é feita com massa de milho. ¡E isso tudo eu adoro!

Ainda, dizem que a Colômbia tem o melhor café do mundo. Não sou nenhuma entendedora de café, mas realmente não consigo suportar o chafé que eles fazem... até pode ser que a qualidade deles seja melhor que a nossa, mas eles estragam preparando o café com muita água. Aliás, na minha primeira semana me ofereceram “tinto” as 2PM. Pensei “vinho a esta hora da tarde! Se começa cedo aqui!!”. Cinco minutos depois, já com o tinto na mão, descobri que essa é a maneira que eles chamam o “cafezinho” em Bogotá.

Agora... uma coisa que não suporto é qualquer comida com coentro (e muita comida aqui leva esse tempero terrível). Ainda sobre comidas “ruins”... incrivelmente como mondongo aqui! Mas podem tirar o cavalinho da chuva, no Brasil não voltarei a comer, de longe não é meu prato favorito! E uma coisa que não consigo conceber é que no café da manha eles comem comidas pesadas, como a janta da noite anterior esquentada...

Do que tenho saudade: dos doces brasileiros, sushi, Toddy e de comida caseira! Quase todos os dias como no “Comedor Popular” que a ARB tem, que é um tipo de RU. É bonzinho, mas enjoa.

Inesperadamente, existem algumas comidas quase iguais, como rosca! Eu amo rosca, e eles também, assim como o pão de queijo, que existe um muito parecido, mas não tão bom. Obvio que também se come (e se ama) muito doce de leite, mas aqui chamam de arequipe (no Peru de manjar blanco, na argentina dulce de leche... enfim, muitos nomes para uma mesma delicia!).

Vou parar por aqui que “eso ya me esta entojando” ou que “já me ta me dando gula!”.

Hasta Luego
Nicoleta

4 de set. de 2007

O que eu faço aqui

Todo mundo me pergunta o que vim fazer em Bogotá. Não, não vim apoiar nenhum grupo guerrilheiro e nem paramilitar. Vim por um projeto da AIESEC que estimula o intercambio na América Latina, através de intercâmbios patrocinados em Ongs. É um projeto muito interessante porque envolve, além da AIESEC, três outras organizações: Ashoka, Fundação Kellog e Artemísia.
Em Bogotá estou trabalhando na ARB (Asociación de Recicladores de Bogotá), que seria a associação que reúne as cooperativas de catadores de lixo daqui (os papeleiros, aqueles que ficam buscando lixo reciclável na rua ou em lixões). A prefeitura do município, aos poucos, está implantando o sistema de coleta seletiva de lixo e, por isso, muitos dos catadores ficarão sem trabalho, pois este lixo não irá nem para a rua e nem para os lixões... meu trabalho é ajudar a estruturar as cadeias produtivas da reciclagem aqui, para ver novas alternativas de trabalho.
Cheguei em junho e logo comecei a trabalhar. O pessoal aqui é muito legal, e até mês passado a Lisi (que também veio pela AIESEC Porto Alegre) estava trabalhando aqui (ela chegou dois meses antes de eu chegar).

Esta é a equipe de trabalho que tenho na ARB:
Eu, Maria Eugenia, Franklin, Lisi e, na frente, Sílvio.

As coisas acontecem muito lentamente, mas está valendo a pena: estou conhecendo um pouco da realidade dos catadores, a visão que a sociedade tem sobre eles e como funciona o sistema de coleta de lixo aqui. Outra coisa que observo é que a coleta seletiva está engatinhando ainda... a sociedade, de maneira geral, não separa o lixo! Isso até aquelas pessoas que tem conhecimento. O governo está começando a fazer campanhas de educação neste sentido, mas ainda não se vê muitos efeitos. Eu gostaria de estar aqui para ver como e em quanto tempo da sociedade se educará.

17 de ago. de 2007

Viajando por aí!

Estou aqui bem na época de feriadões... isto significa que já viajei bastante por aí!
No início do mes de agosto teve Trainee Weekend en Medellin! Que é isso!? é uma atividade onde os trainees do país (isto é, todas aqueles que estao trabalhando na Colombia, assim como eu) vão para uma cidade para conhecê-la and to have fun!
Medellin é uma cidade linda, mais ou menos do porte de Porto Alegre. entre idas a parques com cascatas, laguinhos e de diversões, conhecemos a cidade. Fomos divididos em grupos para fazer um louco recorrido sobre os principais pontos da cidade. Meu grupo tinha: uma russa, um italiano, dois americanos, dois brasileiros e um ucraniano para perambular pela cidade. O que conhecemos?
BOTERO é o maior artista da atualidade colombiana. O que vi foram dezenas de estátuas fofinhas que ele faz. Uma coisa interessante foi ver uma escultura dele explodida (sim, algum grupo daqui colocou uma bomba na década de 90 na estátua). Logo após o ocorrido, Botero fez outra estátua igual Hoje, há as duas estátuas na praça, uma ao lado da outra. Quase iguais, se não for considerado o buracão da que foi explodida!
Como toda "boa" cidade grande sul americana, Medellin tem FAVELA. Demos uma "sobrevoada" por ela... é incrível, um favelão, talvez até comparado àquelas do Brasil. Mas como assim, sobrevoaram??? Faz alguns anos que, para integrar a favela à cidade, foi construído o "metrocable" que é um teleférico que liga o topo do morro com o metro da cidade, sem custo adicional.
O CENTRO é muito bonito, com as tradicionais igrejas e praças, pedintes e mendigos, vendedores ambulantes e feiras.
Faltou conhecer o cemitério onde está enterrado PABLO ESCOBAR. Sim, ele, o conhecido narcotraficante morto na década de 90. O interessante de estar aqui é que se pode conhecer a história por um outro ponto de vista... Ainda terei que ler um livro sobre este cara, mas direi algumas coisas que descobri sobre ele:
- sim, ele era narcotraficante!
- ele tinha tanto dinheiro que houve uma época que quis pagar a dívida externa colombiana (e não pode, claro).
- ele construiu escolas, hospitais, casas para a população (entre outras coisas).
- um dos motivos do seu assassinato foi que ele estava querendo se candidatar a algum cargo político (e possivelmente ganharia)
Ouso a dizer que muitos políticos, só no canetaço, matam tanto quanto (ou mais) que a guerra do tráfico. Que eles ganham muito com o narcotráfico e querem que ele continue existindo. Ainda, desviam o $$ de obras para a população para seu próprio beneficio. Então, me pergunto quem fez mais por seu povo: o Pablito ou nosso querido ACM? claro, não poderia resumir o nosso complexo mundo e o mundo da política nos nomes e nas situações que citei, mas esses são fatos que me fazem pensar.
Continuando Trainee Weekend, teve um Global Village! Que é isso?? Bom, este foi um evento durante o dia, numa universidade de Medellin, os trainees tiveram banquinhas para apresentarem seus países. Éramos 6 brasileiros e, claro, a banca mais animada! (teve até tchu-tchu nos estudantes que perguntavam "quero tchu-tchu grátis"). Foi um dia cansativo, mas que fechamos com chave de ouro: a festa de noite foi numa CHIVA! Chiva é um ônibus típico da região (inclui Equador, Colombia e Venezuela) que tem festa com música ao vivo: sim, enquanto o ônibus anda, a banda toca e a galera faz a FESTA.


BRASILEIROS NO GLOBAL VILLAGE

Dizem que para fazer turismo a Colombia é um dos melhores lugares, pois tem montanha, praia (o caribe é aqui!!), selva, deserto, ruínas. Sendo assim, noutro feriadão fomos para "El desierto de Tatacoa" e para "San Agostin". O deserto {e bem quente e seco, como se imagina, mas depois de uma longa jornada, se chega a uma piscina de água mineral. É uma beleza! San Agostin já é mais friozinho, pois é montanha... e lá tem ruínas, na verdade, o que mais tem são oferendas de vida e morte, esculpidas em pedra. Para mim, o mais interessante de San Agostin foi fazer um passeio a cavalo, que durou 4 horas, mas que nos deixou doloridas por 4 dias! O meu cavalo, para variar, era o mais louca e que gostava de ficar na frente dos outros sem deixar eles passarem...


¡O TATACOA É SECO!

Outra coisa bem legal que fizemos foi ir numa catedral construída numa MINA DE SAL! Os mineiros, muito religiosos, começaram a construir recantos de oração na mina, abaixo da terra, para rezarem por sua segurança. O que aconteceu é que isso foi crescendo e acabou virando uma gigantesca catedral, que hoje rezam missas, num lugar onde outrora fora uma mina de sal. Ah, e eu comprovei: lambi as paredes e vi que era de sal mesmo!


NUM DOS CORREDORES DA CATEDRAL DE SAL

Hoje, dia 17 de agosto, vamos para Cali, outra conhecida cidade devido a seu cartel. Volto na segunda de noite (que é um feriado) e na quinta já chego no Brasil para minha formatura!
Beijos
Nicole