Head on the clouds
o diário não diário de una viajera en el mundo . en Buenos Aires
16 de abr. de 2015
Los caminos de la vida!
16 de abr. de 2013
Papa ao passarinho
No Brasil, o que se comenta sobre eleições com milhares de denúncia de irregularidades, pouca diferença nos resultados? E sobre a proibição de panelaços e outras manifestações públicas? Dizem que isso é uma revolução: se eu me lembro das aulas de história, essa revolução se parece muito com a que meus pais (e os de muitos outros) viveram no Brasil, dos anos 60 aos 80.
Em Buenos Aires, a Embaixada da Venezuela disse que não realizará tramites consulares devido à violenta manifestação do dia anterior: diversos amigos meus estiveram lá naquele dia e eles me garantem que foi uma manifestação pacífica.
16 de out. de 2011
Metrôs pelo (meu) mundo!
1. No Rio, me "assustei" com a profundidade que entraram na rocha, para expandir as linhas rumo à zona Sul...
2. Em Buenos Aires, a linha A mantém o mesmo charme com vagões em madeira e portas que os usuários manualmente fecham. E como o transporte público é subsidiado, o valor não chega a US$ 0,25 (out2011). Graças à linha D, muito tempo da minha vida é economizado em transporte, pois ela me leva aos principais lugares que costumo ir.
18 de jul. de 2011
Memórias da temporada esqui 2011, by nicfloy:
4 de jul. de 2011
Mate: para esquentar suas noites de inverno, não importa onde esteja!
3 de jul. de 2011
Terra, a toda poderosa!
7 de fev. de 2011
Relembrar é viver!
- Estávamos no meio da viagem entre Ica e Pisco (1h de viagem num busão anos 70) quando o encosto do banco do homem que estava sentado na minha frente despencou... até choramos de rir... E como estamos no Peru, o cara, ao invés de reclamar, ficou quietinho com medo de ter que pagar pelo estrago... tem coisas que só acontecem por aqui.... hééée
20 de nov. de 2010
Depois de viver 10 meses na capital do país do tango, começo a entender a lógica nativa. Tem muita coisa estranha, mas estou me adaptando... já fazem parte da minha rotina!
- se adora uma fila aqui... as pessoas sempre optam pela fila maior!
- pagar ônibus com moedas (e poder voltar de madrugada para casa com eles),
- incrivelmente para subir ao busão se formam (e se respeitam) filas.
- há uma quantidade significante de meninos, rapazes e homens que dão preferência para as mulheres na hora de entrar ou sair, e ainda seguram a porta,
- saber a diferença de um táxi para um remis (essa foi complicada de entender!),
- existem muito tipos de alfajores (e alguns que estão mais para bombom que para alfajor) e que este mundo vai muito além dos "Havanna",
- ver amigos / colegas homens se beijar quando se cumprimentam é bonitinho e já não me parece "raro",
- não existem manicures como as brasileiras,
- em dias quentes e ensolarados as pessoas vão de traje de banho para as praças pegar Sol (bizarre).
14 de nov. de 2010
Buenos Aires cultural
"CULTURA BAJO LA LUNA
Viví una noche única donde la cultura está presente en cada barrio. 170 museos y espacios de arte abren sus puertas para difrutar actividadees gratuitas como exposiciones, teatro, danza y música en vivo en un evento único de nuestra ciudad."
Eu queria ficar em casa, fazendo trabalhos para a pós... mas a noite me chamou mais forte! (ou teria sido a ameaça do meu colega Ricardo?)
15 de jun. de 2010
Procura-se um marido
Hasta Luego
Nuestros hermanos
Sendo brasileira, em qualquer época do ano o assunto é esse: futebol e alegria do nosso povo. Antes de qualquer rivalidade, a maioria dos argentinos mostra certa admiração por essas características.
Hoje no início do jogo do Brasil X Coréia (o debut do Br en el Mundial, como eles falam por aqui) foi lindo ver um refeitório cheio de argentinos admirando a partida do Brasil, em pleno horário de trabalho eles deram uma escapadinha...
Cheguei em casa no início do segundo tempo e liguei a TV. Foi incrível escutar o grito do narrador no segundo gol do Brasil. Não ficou devendo a nenhum narrador brasileiro. E quanto elogios, mesmo jogando não tão bem. Depois, ainda elogiaram um monte e ainda mostraram a festa de brasileiros na África do Sul, em Buenos Aires e no Rio de Janeiro. Só fiquei meio envergonhada quando entrevistaram brasileiros ao final e um chegou e disse "somos melhores que a Argentina e vamos ganhar de vocês na semi-final" (e só podia ser um gremista... hahahaha).
Tive essa sensação de que Brasil e Argentina são realmente irmãos e essa admiralidade (admiração+rivalidade) festivas e futebolísticas que tenho tido só me mostram mais isso.
Quem eu quero que ganhe a Copa?? Bom, eu nem deveria dizer, me sinto até ofendida, mas como falo aqui por vontade própria não me ofendo. Óbvio que o Brasil! e ganhando da Argentina, Itália ou Alemanha. Sei que, independente do resultado, vou ter que escutar muita coisa sobre o Brasil (se ganhar é porque teve sorte e se perder porque somos ruins! hahahaha No entanto, somente uma coisa não pode acontecer: a Argentina ganhar do Brasil em qualquer momento! Aí sim, vivirei o resto da minha vida ouvido isso... vai se pior do que o Maracanaço. (tá, Maracanaço que não vivi.)
Enfim, posso estar vendo o mundo somente com lentes cor-de-rosa nesse post, mas prefiro ver asssim de com uma lente cinza amargurada.
SUERTE BRASIL! AVANTE BRASIL! UHUUUUUUUU
10 de jun. de 2010
Poema
Aliás, se como cantora eu gostaria de ser uma mistura de Madonna, Cazuza e Rita Lee, como escritora eu queria ser o Carlos, o Fernando e o Luis Fernando Veríssimo.
18 de mai. de 2010
Hay tantos caminos por andar...
A história da menina que nasceu casada:
Quando me perguntam o meu nome completo, o povo argentino costuma perguntar "DE loyola, como las CASADAS?". Em que raios de mundo ainda vivemos que nao se pode ter um DE no nome sem ser "DE PERTENÇO AO MEU SENHOR MARIDO"? Enfim, o maior estress foi quando em migraciones encucaram com o meu "DE" no sobrenome: "ah, é que DE é para casadas...". Tá bom... Como já me disseram, se eu casar por aqui eu seria como a Dona Flor e seus 2 maridos.
No meio dessa loucura de migraciones e entrevistas para jobs, em menos de 10 dias recebi duas visitas ilustres: Marina (de Poa) e Edna (de Bsb).
Bom, "hay tanto que quiero contarte...", pero seria muito para um post só! Quero falar de músicas e de alguns ditados em español!! Y otras cositas más! Aguardem!
12 de fev. de 2010
eu, o milho, a sorte e as pombas
Se fossemos considerar o número de cagadas que levei (de pássaros e pombas) nos últimos anos e do grilo que está vivendo no meu apartamento, minha sorte está aquém do que mereço! Não a estou desmerecendo (a minha sorte), mas certamente o meu pacote de bolachinhas é bem recheado (já dizia meu mapa astral...).
AVISO: antes de continuar a ler essa postagem, deixe sua cabeça aberta a novas experiências... muitas revelações e viagens mentais estão por ser desveladas.
Estou descobrindo que minha sorte é transferível a amigos quando quero.
Em novembro de 2009 estive em NYC e lá conheci a Cris ( paulista que vive in The City). Fomos a uma janta: houve uma rifa. Dito e feito, a Cris, que disse nunca ter sorte, foi uma das 3 sorteadas da noite. Eu fui uma das outras.
Outro causo: no início de fevereiro de 2010, eu já estava em BsAs, e depois de perambular por Palermo, fomos parar no Cassino para comemorar o aniversário de um amigo. Eu prometi passar a minha sorte naquela noite para outro amigo, o Alex (alemão-brasileiro que vive em Buenos Aires também). De novo... ele foi o ganhador da noite.
Concluo que temos que multiplicar as sortes por aí, pois ela não acaba!! (esses são acasos que ocorreram, se tive interferência nas sortes, não sei, mas posso achar o que eu quiser)
Para terminar, contarei uma historinha verídica, e com nomes mantidos em sigilo, sobre a "leitura da sorte" por terceiros. Aí vai:
Era uma ensolarada tarde da primavera de 2004 e eu me encontrava jogada num canto do apartamento. Recebo um convite de uma amiga: ir a uma cartomante - chamada Polaka - em Viamão, que tinha sido muito bem recomendada por uma pessoa "confiável". Eu nunca tinha feito nada parecido e resolvi ir com ela só para acompanhar. A viagem foi linda: Viamão realmente é rural, e mais rural ainda quando 3 moças se perdem em meio a rua de chão batido. As indicações que tínhamos para chegar na Polaka eram sombrias como "vira na quarta entrada depois da UFRGS" (ah, essa é fácil!), depois "segue até chegar na padaria do pagode, então tu vira na esquina do Açougue Boi Velho e segue até a rua fazer a curva ao lado do matagal". Por incrível que pareça, chegamos lá, e eu mal imaginava que a experiência antropológica recém começava. Foram elas no atendimento e equanto isso eu me entretinha com aqueles "deliciosos" programas de Tv de sábado pela tarde, numa sala cheia de moscas. Chegou a minha vez: e agora, o que eu faço? Vou ou não? OMG! Ajoelhou, tem que rezar! Cena bizarra: a mulher me eperava sentadinha na cadeira, em frente a uma mesa... Ela jogava milhos (como se fossem búzios) na mesa, onde tinha um copo com água suja e moscas mortas. Das diversas coisas que ela me falou (como "fulana é invejosa" e "te vejo trabalhando com muitos papeis"), uma das que mais m marcou foi: "Tu vais comprar um carro, ne?" e eu respondo que não. Não satisfeita, ela diz "Ah, mas se tu não comprar, pode escrever aí, tu até o final do ano vai ganhar um." Tu vê, até a milhomante me acha uma mulher de sorte. Pena que o tal carro estou esperando há mais de 5 anos. Nem um fuscão 66, nem um Peugot conversível e nem um carrinho de brinquedo! Que decepção!
Quem me responde essa? Temos a sorte lançada ou um destino traçado? Ou nenhum dos dois? Eu não sei, mas me entretenho divagando!
Sorte já está lançada? Alea jacta est!
19 de abr. de 2009
Musica e cheiros - mais do mesmo
Assim como a Música, os cheiros são marcantes para mim. Eles marcam pessoas, sons, cores, ocasiões, sentimentos, expectativas e lembranças e a lista poderia continuar.
Algumas músicas me marcam mais do que algumas pessoas.
Alguns cheiros representam mais do que palavras.
A Música quase sempre é uma ótima companhia para mim e o cheiro faz o clima ficar mais completo.Para mim, Música e os cheiros uma forma de reviver (uma época), são uma forma de viver novamente (renascer das cinzas), de inovar a partir do mesmo e de continuar a mesma.
Recomendações:
Amelie Poulain
Viajar
Ouvir os sons do mundo
Beatles
ah, recomendações não servem para muita coisa, só para dizer um pouco de coisas que gosto.
10 de jan. de 2009
Vivir con sentidos: sobre Cheiros e Música, com pitadas de cidadania
Em Bogotá há uma campanha muito interessante de cidadania que é chamada "Bogotá sin indiferencia". Uma das iniciativas dessa campanha é voltada para jovens: "Vivir con sentidos" que tenta mostrar como a vida pode ser sem o uso abusivo de qualquer tipo de drogas, uma vida com os SENTIDOS. O sentido da vida seria melhor percebido quando podemos ter nossos sentidos livres?
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Parte II - TOC de todos nós
Querer sentir tudo que for possível é um TOC que tenho...
...deslumbrar-me com as cores da estação por onde passo me faz esquecer do que tenho que lembrar...
...ouvir e cantar me dá alegria...
...passar por paredes e toca-las é indispensável...
...desvendar cada sabor comida tem é um prazer único...
...respirar fundo por onde se vai dá o oxigênio que precisamos...
Isso é sério... às vezes fico meio autista porque quero sentir tudo! hahahahha... só rindo mesmo... mas se os outros não me entendem, azar, pois eu me entendo.
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Parte III - A continuação
Agora de que adianta gozar destes sentidos se o que vemos e vivemos nem sempre agrada? gente estúpida, falta de respeito, egoísmo e outras coisas que incomodam muito, quando muito evidentes numa sociedade.
Acho que gosto daquela campanha de "Bogotá sin indiferencia: vivir con sentidos" porque ela reúne viver os sentidos individuais para ter um sentido coletivo mais chevere, i.e, mais legal.
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Parte IV - Ao nosso redor
O que está acontecendo com o Brasil? Com o mundo? Com o mundo a nossa volta? Estaria nos faltando dinheiro? Amor? Educação? Che boludo, que pasa acá!? Acho que mais do que uma educação formal ou de "conteúdo" precisamos é aprender a sermos cidadãos. Mas quando é que se fala de atitudes, conceitos, ética, responsabilidade individual e coletiva, amor, sociedade? Em determinados grupos esse tema chega ate ser discriminado, chato, abolido.
Parte V - Final
Este post não vai ter fim.
26 de jul. de 2008
razão e emoção
Esse testezinho http://img.photobuc/ket.com/albums/v627/Phoenyx_BR/mulher_que_gira.gif dá indicações de "Com que lado do cérebro voce trabalha". Para mim, o resultado disse que sou mais racional... Mas é que ele não entende que minha emoção está ligada com a minha razão. Esses dois sentimentos não podem ser separados, como costumamos fazer, assim como não se pode separar a noite do dia e o bem do mal.
Eu me achava super-mega racional, até que um tempo atrás parei para pensar (muito racionalmente) no que eu faço como me motivo para fazer e etc. Aí me dei conta que tomo atitudes com muita emoção, mas tendo uma justificativa racional. Se isso é bom ou ruim, também não me importa, sou um pouco assim.
Essa é uma pergunta beeem sacana. Sei que, conhecer novos lugares e maneiras de viver satisfaz essa minha loucura de conhecer um pouquinho do que é o mundo. Talvez seja essa a minha missão atual, saber um pouquinho mais de como é o nosso mundo, para saber interagir com ele e mudá-lo, quem sabe, para aquele esperado lindo mundo, que até me faz chorar.
13 de abr. de 2008
"Vamos descobrir um tesouro naquela casa?
- Mas não há nenhuma casa...
- Então vamos construí-la!"
Groucho Marx
"É melhor sonhar a vida do que vivê-la, ainda que vivê-la seja ainda sonhá-la."
Proust
"Dizem que eu finjo ou minto tudo o que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação."
Fernando Pessoa
"Nenhum pessimista jamais descobriu os segredos das estrelas, nem velejou a uma terra inexplorada, nem abriu um novo céu para o espírito humano."
Helen Keller
"O povo que subjuga outro forja suas próprias cadeias."
Karl Marx
11 de jan. de 2008
Bairrismo mundial
Alguns me perguntam "o que tu prefere este ou aquele país" ou "qual é melhor e onde as pessoas são legais". Essas perguntas são muito canalhas porque eu (que tento ser politicamente correta) não acho que tenha somente uma resposta correta. Agora... sobre algumas coisas já tenho melhor percepção, depois dessas experinências de intercambio e viagem por países da América do Sul e Estados Unidos.
Um aspecto muito interessante é sobre o "ser tu" e o "ser brasileiro" ou "ser gaúcho". Ser brasileira é muito interessante. Sou porto-alegrense, gaúcha, brasileira, latino-americana e “mundana”. Mas afinal, o que significa fazer parte de uma cultura? E o que tu, como indivíduo único, tem a ver com a tua cultura?
Dizem que brasileira é mulata e dança samba. Eu não sambo e nem sou mulata. Aliás, não conheço muito as nossas músicas que fazem sucesso internacionalmente e conheço menos a música gaúcha, conhecida no Brasil. Meu sotaque é brasileiro, gaúcho ou “de Porto”? Os nossos queridos chimarrão e churrasco, por exemplo, são gaúchos ou argentinos?? Ora.... A cultura não tem fronteiras! "El gaucho",na Argentina, usa lenço vermelho no pescoço e calça de bombacha, laça o gado e faz churrasco. E este gaucho também aparece no sul do Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia e quem sabe que outros lados mais. Outro aspecto que me mostra que a cultura não pertence a um país é o doce de leite (nos países sul-americanos que estive ele é considerado super típico)... sim, temos influências parecidas, o delicioso dulce de leche (Argentina/Uruguai), o tradicional arequipe (Colombia) e o suave manjar blanco (Peru). Eu poderia, ainda, citar inúmeras outras coisas que achamos exclusivas da "nossa terra", mas que na verdade fazem parte de um traço cultural muito mais abrangente.
E onde ficaram as pessoas, no meio de todo esse bla-bla-bla cultural? As pessoas dão uma ótima temperada nas suas culturas. São elas que colocam humaninade, inteligência, integração e sei lá mais o que na evolução das culturas. São elas que reduzem os espaços no tempo e distâncias existentes, usando tecnologia e viajando (low fare companies, we love you!). São elas que mudam quando não concordam com algo, por mais que tenha sido feitos por gerações anteriores (há espanhóis questionando a tourada...). São elas que tornam o previsível em inesperado. Meu conselho?
Depois de toda essa divagação, deixarei algumas palavras. Só entenderá quem tiver que entender, os outros não estão na sintonia da mensagem.
Você sabia que...
- a Floresta Amazônica é brasileira, peruana, equatorina, colombiana e até venezuelana?
- tem muito "gaúcho macho" que chora (e admite) e norte-americano que não acha a "América"o centro do Universo (e não se encaixa no perfil norte-americano que rola por aí)?
Dicas para viver:
- persista no que acredita, lute;
- a vida deve ser vivida, não consumida;
- se libertar para o amor, a esperança e a reflexão ajuda na liberdade de viver plenamente;
- há mais coisas, que não consigo contextualizar. Talvez não seja a minha hora.
5 de jan. de 2008
Coisas que eram para ser
Momento nostalgia... falando de coisas que eram para ser.... e se...
- em Bogotá eu e os demais estrangeiros iríamos ficar numa casa só para nós. Como teria sido, eu não sei. Mas sei que ficando na casa onde fiquei pude conviver muito com uma (agora) grande amiga minha, lá mexicana loca y terrible, Claudia, alem de conviver com uma família incrível e super receptiva e de poder usar aquela casa prometida para fazer festas gigantes que seriam terríveis caso eu morasse na casa e tivesse que limpar no dia seguinte!
- eu tivesse feito engenharia de materiais, turismo ou química na facul... o que eu estaria fazendo hoje?
Ta, essa coisa de ficar pensando no "e se" eh um saco! e se, e se, e se, e se... Que coisa ridícula!!! eu diria que isso é um bom treino para ser escritora de ficção, mas não ajuda muito na realidade. Ou sim? Será que podemos viver realidades paralelas?? e se isso fosse possível!? hahahahahaha e se, e se, e se. Não que eu não esteja satisfeita para onde minhas decisões me levaram no meu destino, mas acho que tenho tanta vontade de viver tudo, que quero que essas realidades paralelas coexistam, e nos meus mundos imaginários de "e se" eles existem, nem que seja por alguns momentos.
Aliás, falando de mundos imaginários, qualquer dia tenho que falar dos meus sonhos malucos, com detalhes e viagens (tanto de ir para outros lugares quando no de "bah, meu, viajou....").
Até agora, eu falei, falei, mas não disse nada. Não disse nada porque tudo que escrevi serviu (e está servindo) para eu descobrir a minha área limite do meus destino. Sim, eu sei que isso é meio louco, mas é isso aí. Isso é uma coisa muito importante para mim e garanto, esse é um caminho cheio de curvas, trancos, barrancos e paisagens que passamos, mas no final (existe final?) sempre tem uma cachoeira, pote de ouro e felicidade, por mais que não se creia em gnomos.
Sei que está meio confuso, mas esta sou eu, eu sou esta e se tu me conhece, tu entendeu meu recado. E se tu não entendeu, talvez não me conheça tão bem.
fui, por enquanto. Volto assim que o meu sinal de psicografar pensamentos, realidades, sentimentos e outras coisas volte.
4 de out. de 2007
Vamos Brincar de Índio!
Acho que de tanto cantar essa música da Xuxa, quando criança e de ouvir minha mãe me chamar de indiazinha, virei meio índia pois adoro fazer "programas de índio".
A minha última atividade indígena foi aqui na Colômbia, quando fui para a praia, isto é, para o lindo Caribe.
Voltando a Cartagena, conheci o centro histórico que é lindo! Se chama Ciudad Amurallada (cidade com muros). Esse nome porque há muitos séculos construíram muros em volta da cidade para a proteger de ataques de piratas! Era início da noite e índio dorme cedo. Os hotéis por ali estavam muito caros e resolvi dormir na praça. Não deu muito certo, antes mesmo de eu pensar em dormir, enquanto eu estava vendo o que eu faria no dia seguinte, chegou um guardinha turístico e começou a puxar papo. No fim, ele me indicou um Hotel (muquifinho, mas desde quando índio se importa) onde paguei menos de 1/3 do que queriam me cobrar em outros (muquifinhos melhor localizados). Dormi e vivi. Acordei e fui direto para a Rodoviária, rumo ao Parque Tayrona: um reserva Nacional com mais de 30 praias.
Mal eu sabia que este dia seria o mais agitado! Levei em torno de 7 horas para fazer uma viagem de +- 300km. Eu tinha que tomar 3 ônibus para chegar ao meu destino. E foi o que aconteceu. O problema é que nossos queridíssimos amigos costeños fazem os ônibus pinga-pinga ficarem parados enquanto não lotam. Acho que fiquei umas 2h parada só esperando encher o maldito. E dá-lhe indiada.
Bom, perto das 16h cheguei na entrada do Parque Tayrona. Entrei! Uhu, agora é que começa minha indiada natural! No parque, o meio de transporte é cavalo ou caminhar. Como sou índio de raiz (no novo mundo não havia cavalos) e sem muita coisa para escambar, fui rumo a primeira praia da maneira tradicional, caminhando. Logo no inicio desta jornada, começam os tratamentos naturais de beleza: fiz uma esfoliação nos pés, pois a trilha estava toda cheia de lama e merda de cavalo. Depois de 1h de caminhada dura, chego na primeira praia, a de Arrecifes, me jogo na areia e fico um tempinho curtindo o sol, a areia, o vento e o barulho do mar! GRAÇAS A DEUS, aqui não tem vendedores te aporrinhando!! Começa a escurecer e índio tem que dormir. Entro num dos campings e alugo uma rede: sim, índio dorme em rede, nem que seja alugada.
A noite foi boa, acordei um pouco antes das 6h, logo depois que o sol chegou. Parto em rumo a outra praia, a do Cabo, que é uma praia de águas mais calmas e cálidas. O caminho foi muito bonito, passando por praias menores e pelo meio do mato. Então foi aí que os mosquitos começaram a me atacar. Desta vez resolvi não dar bola para eles, e no final da viagem tinha mais de 40 picadas... que eu posso fazer se eles me amam anyway e anywhere?
Na praia do Cabo foram 2 noites e redes lado-a-lado.Me senti num Big Brother tanto que numa noite até sonhei que estava participando do BBB. Nesse lugar paradisíaco minha rotina era: acordar cedo, escolher um lugar na sombra da praia, passar protetor e ficar entre areia, sono, mergulhar, ouvir música, mergulhar, pensar na vida, mergulhar e pensar em não voltar mais para a civilização. Até me arrisquei a conhecer a uma praia dita “de nudismo”, que era vazia e não tão bonita. Voltei para a minha tradicional sombra da praia do Cabo.
Meu espírito guerreiro de índio me avisou que era hora de voltar para casa. Então, no meu quarto dia no parque tenho minha jornada de quilômetros e quilômetros para chegar até a saída do parque e a estrada e depois de um dia chego de volta a Bogotá.
Bom, na minha lista ainda falta caçar, pescar e pintar a cara com urucum (ah, isso já fiz quando fui para San Agostín!), mas já me considero índia honorária! E agora, qual será meu próximo progamaço de índio!?? bububububububu
17 de set. de 2007
Comer, comer
É praticamente impossível comer um prato aqui que não tenha arroz, milho ou banana (se não tiver os três!) Eles comem muiiita banana, aliás, existe mil e uma maneiras de preparar e comer banana! banana verde, madura, frita, com galinha, crocante, com tomate, guacamole, doce... Tem uma comida chamada Patacón que a base é feita com banana e leva vários recheios e tenho que aprender a fazer ela! A mesma coisa acontece com o milho: com ele se faz o tamal (que é uma espécie de pamonha), a arepa (que é uma espécie de polenta branca), com e sem recheios e até a empanada colombiana é feita com massa de milho. ¡E isso tudo eu adoro!
Ainda, dizem que a Colômbia tem o melhor café do mundo. Não sou nenhuma entendedora de café, mas realmente não consigo suportar o chafé que eles fazem... até pode ser que a qualidade deles seja melhor que a nossa, mas eles estragam preparando o café com muita água. Aliás, na minha primeira semana me ofereceram “tinto” as 2PM. Pensei “vinho a esta hora da tarde! Se começa cedo aqui!!”. Cinco minutos depois, já com o tinto na mão, descobri que essa é a maneira que eles chamam o “cafezinho” em Bogotá.
Agora... uma coisa que não suporto é qualquer comida com coentro (e muita comida aqui leva esse tempero terrível). Ainda sobre comidas “ruins”... incrivelmente como mondongo aqui! Mas podem tirar o cavalinho da chuva, no Brasil não voltarei a comer, de longe não é meu prato favorito! E uma coisa que não consigo conceber é que no café da manha eles comem comidas pesadas, como a janta da noite anterior esquentada...
Do que tenho saudade: dos doces brasileiros, sushi, Toddy e de comida caseira! Quase todos os dias como no “Comedor Popular” que a ARB tem, que é um tipo de RU. É bonzinho, mas enjoa.
Inesperadamente, existem algumas comidas quase iguais, como rosca! Eu amo rosca, e eles também, assim como o pão de queijo, que existe um muito parecido, mas não tão bom. Obvio que também se come (e se ama) muito doce de leite, mas aqui chamam de arequipe (no Peru de manjar blanco, na argentina dulce de leche... enfim, muitos nomes para uma mesma delicia!).
Vou parar por aqui que “eso ya me esta entojando” ou que “já me ta me dando gula!”.
Hasta Luego
Nicoleta
4 de set. de 2007
O que eu faço aqui
Em Bogotá estou trabalhando na ARB (Asociación de Recicladores de Bogotá), que seria a associação que reúne as cooperativas de catadores de lixo daqui (os papeleiros, aqueles que ficam buscando lixo reciclável na rua ou em lixões). A prefeitura do município, aos poucos, está implantando o sistema de coleta seletiva de lixo e, por isso, muitos dos catadores ficarão sem trabalho, pois este lixo não irá nem para a rua e nem para os lixões... meu trabalho é ajudar a estruturar as cadeias produtivas da reciclagem aqui, para ver novas alternativas de trabalho.
Cheguei em junho e logo comecei a trabalhar. O pessoal aqui é muito legal, e até mês passado a Lisi (que também veio pela AIESEC Porto Alegre) estava trabalhando aqui (ela chegou dois meses antes de eu chegar).
As coisas acontecem muito lentamente, mas está valendo a pena: estou conhecendo um pouco da realidade dos catadores, a visão que a sociedade tem sobre eles e como funciona o sistema de coleta de lixo aqui. Outra coisa que observo é que a coleta seletiva está engatinhando ainda... a sociedade, de maneira geral, não separa o lixo! Isso até aquelas pessoas que tem conhecimento. O governo está começando a fazer campanhas de educação neste sentido, mas ainda não se vê muitos efeitos. Eu gostaria de estar aqui para ver como e em quanto tempo da sociedade se educará.
17 de ago. de 2007
Viajando por aí!
Medellin é uma cidade linda, mais ou menos do porte de Porto Alegre. entre idas a parques com cascatas, laguinhos e de diversões, conhecemos a cidade. Fomos divididos em grupos para fazer um louco recorrido sobre os principais pontos da cidade. Meu grupo tinha: uma russa, um italiano, dois americanos, dois brasileiros e um ucraniano para perambular pela cidade. O que conhecemos?
BOTERO é o maior artista da atualidade colombiana. O que vi foram dezenas de estátuas fofinhas que ele faz. Uma coisa interessante foi ver uma escultura dele explodida (sim, algum grupo daqui colocou uma bomba na década de 90 na estátua). Logo após o ocorrido, Botero fez outra estátua igual Hoje, há as duas estátuas na praça, uma ao lado da outra. Quase iguais, se não for considerado o buracão da que foi explodida!
Como toda "boa" cidade grande sul americana, Medellin tem FAVELA. Demos uma "sobrevoada" por ela... é incrível, um favelão, talvez até comparado àquelas do Brasil. Mas como assim, sobrevoaram??? Faz alguns anos que, para integrar a favela à cidade, foi construído o "metrocable" que é um teleférico que liga o topo do morro com o metro da cidade, sem custo adicional.
O CENTRO é muito bonito, com as tradicionais igrejas e praças, pedintes e mendigos, vendedores ambulantes e feiras.
Faltou conhecer o cemitério onde está enterrado PABLO ESCOBAR. Sim, ele, o conhecido narcotraficante morto na década de 90. O interessante de estar aqui é que se pode conhecer a história por um outro ponto de vista... Ainda terei que ler um livro sobre este cara, mas direi algumas coisas que descobri sobre ele:
- sim, ele era narcotraficante!
- ele tinha tanto dinheiro que houve uma época que quis pagar a dívida externa colombiana (e não pode, claro).
- ele construiu escolas, hospitais, casas para a população (entre outras coisas).
- um dos motivos do seu assassinato foi que ele estava querendo se candidatar a algum cargo político (e possivelmente ganharia)
Ouso a dizer que muitos políticos, só no canetaço, matam tanto quanto (ou mais) que a guerra do tráfico. Que eles ganham muito com o narcotráfico e querem que ele continue existindo. Ainda, desviam o $$ de obras para a população para seu próprio beneficio. Então, me pergunto quem fez mais por seu povo: o Pablito ou nosso querido ACM? claro, não poderia resumir o nosso complexo mundo e o mundo da política nos nomes e nas situações que citei, mas esses são fatos que me fazem pensar.
Continuando Trainee Weekend, teve um Global Village! Que é isso?? Bom, este foi um evento durante o dia, numa universidade de Medellin, os trainees tiveram banquinhas para apresentarem seus países. Éramos 6 brasileiros e, claro, a banca mais animada! (teve até tchu-tchu nos estudantes que perguntavam "quero tchu-tchu grátis"). Foi um dia cansativo, mas que fechamos com chave de ouro: a festa de noite foi numa CHIVA! Chiva é um ônibus típico da região (inclui Equador, Colombia e Venezuela) que tem festa com música ao vivo: sim, enquanto o ônibus anda, a banda toca e a galera faz a FESTA.
Dizem que para fazer turismo a Colombia é um dos melhores lugares, pois tem montanha, praia (o caribe é aqui!!), selva, deserto, ruínas. Sendo assim, noutro feriadão fomos para "El desierto de Tatacoa" e para "San Agostin". O deserto {e bem quente e seco, como se imagina, mas depois de uma longa jornada, se chega a uma piscina de água mineral. É uma beleza! San Agostin já é mais friozinho, pois é montanha... e lá tem ruínas, na verdade, o que mais tem são oferendas de vida e morte, esculpidas em pedra. Para mim, o mais interessante de San Agostin foi fazer um passeio a cavalo, que durou 4 horas, mas que nos deixou doloridas por 4 dias! O meu cavalo, para variar, era o mais louca e que gostava de ficar na frente dos outros sem deixar eles passarem...
Outra coisa bem legal que fizemos foi ir numa catedral construída numa MINA DE SAL! Os mineiros, muito religiosos, começaram a construir recantos de oração na mina, abaixo da terra, para rezarem por sua segurança. O que aconteceu é que isso foi crescendo e acabou virando uma gigantesca catedral, que hoje rezam missas, num lugar onde outrora fora uma mina de sal. Ah, e eu comprovei: lambi as paredes e vi que era de sal mesmo!
Hoje, dia 17 de agosto, vamos para Cali, outra conhecida cidade devido a seu cartel. Volto na segunda de noite (que é um feriado) e na quinta já chego no Brasil para minha formatura!
Beijos
Nicole